Biofabricação em pauta
25/11/2010

Durante dois dias, a exposição dos 122 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) - realizada simultaneamente com a 1° Reunião de Avaliação dos INCTs - esbanjou inovação e compromisso com o bem-estar social e com o meio ambiente. Foram inúmeros os projetos de pesquisa voltados para o aprimoramento das Comunicações por meio da convergência e Inclusão Digital, para o desenvolvimento de biomateriais que funcionam como substitutos biológicos, para o diagnóstico e combate a doenças negligenciadas, para a produção de fontes de energias renováveis e muitas outras pesquisas de ponta. Todas com um objetivo comum: o de desenvolverem estratégias de CT&I que possibilitem ao Brasil avançar de forma sustentável e ser cada vez mais reconhecido no cenário internacional.

Medicina regenerativa

A união entre muitos profissionais das áreas da saúde, biológicas e exatas tem promovido um grande avanço no campo da engenharia de tecidos, transformando o que antes era ficção em realidade. Hoje, depois de muitas pesquisas, produtos e processos que visam a terapia de tecidos e órgãos comprometidos por trauma ou doenças já estão disponíveis. Este novo conceito terapêutico é conhecido como medicina regenerativa, pois visa a regeneração de tecidos ou órgãos comprometidos.

Nesse sentido, buscando desenvolver a fabricação de estruturas bioativas que melhorem o desempenho de tecidos ou mesmo órgãos defeituosos ou faltantes, o Instituto Nacional de C&T em Biofabricação, a partir de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo conhecimentos na área da engenharia, ciências da vida e ciências básicas, vem obtendo inúmeros resultados.

Segundo o engenheiro mecânico e pesquisador do INCT BIOFABRIS, André Jardini, o Instituto busca produzir biomateriais para auxiliar a área médica. "BIOFABRIS produz ciência e tecnologia para desenvolver cada vez mais a medicina. E isso é feito a partir da aplicação das técnicas de engenharia que desenvolvemos para obter novos dispositivos biomédicos, como próteses e órteses ortopédicas e de substitutos biológicos para tecidos vivos ou órgãos humanos", diz Jardini.

Prof. Rubens Maciel Filho e André Jardini.

Para o pesquisador, o trabalho proposto pelo Instituto tem um enorme potencial emergente de impacto na qualidade de vida do ser humano, pois possibilita maior assistência a comunidades carentes, grupos específicos ou vítimas de acidentes de trabalho ou trânsito.

"Tudo que é criado, pesquisado e desenvolvido aqui no Instituto tentamos repassar para a sociedade. Os resultados deste projeto de síntese de biomateriais tem grande número de aplicações clínicas, ou seja, permitem reduzir os níveis de insucesso dos biomateriais atuais, pois os nossos têm alta taxa de biocompatibilidade, isto é, não são rejeitados pelo corpo do paciente, além de que os custos repassados para a sociedade são mais reduzidos do que os biomateriais atuais", pontua André.

Coordenada pelo Dr. Rubens Maciel Filho, o Instituto de Biofabricação conta com a parceria de 12 Instituições de pesquisa. A equipe de trabalho é formada por pesquisadores de diferentes áreas: médica, odontológica, engenharias, biólogos, entre outras.

Scanner portátil que produz uma imagem digitalizada para o
desenvolvimento de próteses ou mesmo para fins educativos.

Acesse o site do Instituto BIOFABRIS para mais informações: www.biofabris.com.br

Assessoria de Comunicação Social
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